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Dor por não te ter, por não saber…
Porque fui? Não sei… Nunca soube…. Fugi!
Pediste demais? Porque não pedes mais?
Onde estás? Como estás? Os anos, trataram-te bem? Não sei o que dizer-te, nunca saberei. Não me entendo. Seguiste caminho? Tenho medo que sim! Medo que para mim não haja mais esperança, medo de esquecer…
A ti devo o facto de ainda acreditar mas não sei em quê. Não te sinto, não te vejo, não me sei explicar!
Eu como estou? Deixei de lutar, de importunar… Cá estou sem ti, e pelos vistos não estou em mim!

Hoje escrevo porque sim!


Desconcertada, não quero aceitar que o amor está cada vez mais longe da minha praia mas confesso que cada dia que passa é difícil continuar a acreditar que o meu areal há-de ter tudo o que tenho direito! As pessoas não se sentem, não se querem ver nem ouvir! Preferem abalroar-se e viver a máxima do "salve-se quem puder". Individualismo até não mais poder! Não se olha para o lado para se ter outro ponto de vista! Valha-nos Deus se conseguirmos ver para além das palas que uns e outros adoram ostentar, como se fosse motivo de orgulho viver na ignorância! Entristece-me ver que cada vez se gosta menos… de nós mesmos. Contra mim falo pois vou perdendo a esperança no ser humano. Não queria ser daquelas que se junta à maré só porque não consegue remar contra ela, sozinha ou com poucos braços, mas a verdade é que me vejo a remar com menos força. Inconformada, triste por remar todos os dias ao incerto, por não ter chegado ainda a lado nenhum, por perceber que muitos dos remaram comigo vão agora em sentido contrário... tristes!
Escrevo para passar o tempo, escrevo para aliviar a alma das inúmeras insatisfações, das desventuras e travessuras, da dor que é tomar consciência de que o tempo não volta para trás, mas contento-me porque ainda me sou fiel! Valha-nos isso!