
…Encontras-me no sítio mais escuro e ruidoso, no sítio onde nunca pensei ser observada por ti! Pensas e repensas, magicas uma aproximação. Calculas as palavras, os gestos. Diriges-te a mim com coragem! De costas, sinto a tua mão levemente na minha, um entrelaçar de dedos, cumplicidade. Olho para a mão com medo do que verei se subir os olhos. Reconheço-a, ainda que mais velha e por isso maltratada pelos anos que passam. Os dedos grossos, compridos. O toque. Medo! O coração dispara. Sei que és tu.
Não consigo olhar-te. Petrifico e as lágrimas escorrem sem que consiga conter-me. Esqueci o ruído e onde estou! Entendes-me! A tua mão esquerda, em jeito de cena de cinema romântica, toca o meu queixo ao de leve e com segurança. Fazes com que olhe para ti e não tenha medo. Vejo-te. Choro mais. Quero falar. Com um aceno dou a entender-te que não consigo expressar-me. Sorris e encolhes os ombros em jeito de “ não faz mal”.
Aproximas o teu corpo do meu, olhas-me. Não dizes nada! Rendes-te e choras! Prendes-te a mim por dentro e já testa com testa, sem ainda termos proferido qualquer palavra, fechas os olhos e sentes o silêncio, a serenidade. Eu ainda gelada começo a recompor-me. Fazes-me acreditar que a dor da separação foi sentida pelos dois e da mesma maneira ainda que de uma perspectiva diferente.
O cérebro dá ordens para que tenha uma reacção. Tento agarrar-te para te sentir mas prendes-me as mãos, franzes a testa e imobilizas-me para só tu poderes encontrar algo perdido. Devo-te isso, diz a tua expressão. Rendo-me pois devo-te isso mesmo! Abres os olhos molhados, olhamo-nos nos olhos. Sorrimos ao mesmo tempo! Tento falar contidamente mas o teu dedo indicador rapidamente chega aos meus lábios num gesto de “chiu”, a tua cara diz “ ainda não…”. Queres-me quase que à tua mercê, queres o momento, queres a recordação de que tudo funcionou sem dizermos nada, a recordação de que no meio da algazarra conseguimos ficar sós e entendermo-nos. Compreendo, quero o mesmo! Conhecemo-nos bem.
Mãos com mãos, corpo com corpo, nariz, cabelos… Olhares… Explosão de sentimentos… Beijamo-nos! Sentimos e choramos mais um pouco. Deixo-me ir! Deixas-me prosseguir, e sem conseguir pensar eu reajo sem medos. Não vamos fugir! Baixamos a guarda do que até agora tinha sido uma guerra sem armas e em silêncio. Não te largo e sinto-me a levitar! Silêncio… Existimos só nós!
Completamente embasbacados um com o outro, acordamos novamente para a multidão que estranhamente aplaude e sorri. Vemo-nos com os olhos bem abertos e sorridentes! Digo-te «Olá!!» e gargalhamos!
Simplesmente fugimos...
Não consigo olhar-te. Petrifico e as lágrimas escorrem sem que consiga conter-me. Esqueci o ruído e onde estou! Entendes-me! A tua mão esquerda, em jeito de cena de cinema romântica, toca o meu queixo ao de leve e com segurança. Fazes com que olhe para ti e não tenha medo. Vejo-te. Choro mais. Quero falar. Com um aceno dou a entender-te que não consigo expressar-me. Sorris e encolhes os ombros em jeito de “ não faz mal”.
Aproximas o teu corpo do meu, olhas-me. Não dizes nada! Rendes-te e choras! Prendes-te a mim por dentro e já testa com testa, sem ainda termos proferido qualquer palavra, fechas os olhos e sentes o silêncio, a serenidade. Eu ainda gelada começo a recompor-me. Fazes-me acreditar que a dor da separação foi sentida pelos dois e da mesma maneira ainda que de uma perspectiva diferente.
O cérebro dá ordens para que tenha uma reacção. Tento agarrar-te para te sentir mas prendes-me as mãos, franzes a testa e imobilizas-me para só tu poderes encontrar algo perdido. Devo-te isso, diz a tua expressão. Rendo-me pois devo-te isso mesmo! Abres os olhos molhados, olhamo-nos nos olhos. Sorrimos ao mesmo tempo! Tento falar contidamente mas o teu dedo indicador rapidamente chega aos meus lábios num gesto de “chiu”, a tua cara diz “ ainda não…”. Queres-me quase que à tua mercê, queres o momento, queres a recordação de que tudo funcionou sem dizermos nada, a recordação de que no meio da algazarra conseguimos ficar sós e entendermo-nos. Compreendo, quero o mesmo! Conhecemo-nos bem.
Mãos com mãos, corpo com corpo, nariz, cabelos… Olhares… Explosão de sentimentos… Beijamo-nos! Sentimos e choramos mais um pouco. Deixo-me ir! Deixas-me prosseguir, e sem conseguir pensar eu reajo sem medos. Não vamos fugir! Baixamos a guarda do que até agora tinha sido uma guerra sem armas e em silêncio. Não te largo e sinto-me a levitar! Silêncio… Existimos só nós!
Completamente embasbacados um com o outro, acordamos novamente para a multidão que estranhamente aplaude e sorri. Vemo-nos com os olhos bem abertos e sorridentes! Digo-te «Olá!!» e gargalhamos!
Simplesmente fugimos...